28/11/2011



... Tudo com que sempre sonhei …




Com 8 anos, ela brincava às bonecas. Com 9 anos, ele chamava-a de feia, gorda e chata só para que ela ficasse irritada. Com 10 anos, ela odiava-o com todas as forças, mas com 10 anos e 8 meses até que gostava do jeito que ele jogava futebol. Com 11 anos, ele era o orgulho do seu pai: era capitão da equipa, tirava boas notas. Era relativamente feliz. Com 12 anos, ele esqueceu o quão irritante ela era e reparou como os olhos dela brilhavam. Com 13 anos, ela deu o seu primeiro beijo. Ele fingiu não ligar mas desejava que fosse com ele. Com 15 anos, ele estava completamente dedicado aos estudos. Contudo, quando ninguém estava a ver ele olhava de canto para ver como ela ficava bonita entretida com o seu livro de história. 

Com 16 anos, ela começou a namorar. Não era exactamente com quem sentia aquilo que os namorados sentem um pelo outro, mas sim com quem a queria bem. Com 17 anos, ele viajou. Foi para outro país … e não gostava de admitir, só que apenas não aguentava mais vê-la com outro. Com 18 anos, ela entrou para a Universidade. Já não estava namorando e morria de saudades do sorriso dele. Com 19 anos, ele voltou. Agiu com indiferença. Parecia outra pessoa que ela nem quis saber mais de conversa. Com 20 anos, ela trabalhava num restaurante. Ele gostava de lá ir só porque sabia que iria ser atendido pelo seu amor de infância. Com 21 anos, ela deixou-se ir por uns copos a mais e deram o seu primeiro beijo. Com 22 anos, ele disse o seu primeiro “Amo-te”, e 5 meses depois começaram a namorar. Com 23 anos, o “ele” e “ela” já não existia mais. Com 25 anos, eram apenas “nós” e “para sempre”. Com 26 anos, estavam noivos. Com 29 anos, casaram á beira-mar.

 Depois, os “30”, “31”, “32” e todo o resto eram apenas mais alguns números. Nada que mudasse muita coisa, nada que os impedisse de serem um do outro. Nada que fizesse com que o que sentiam se desgastasse, ou fosse embora … e agora? Agora entendes o que eu quero dizer quando falo que te amo de verdade? A que me refiro quando digo que quero estar contigo para sempre? È isso! É não me importar com nada, é viver independente de tudo. Porque um amor verdadeiro, querendo ou não, nunca acaba … e anjo, tu és o meu. O meu amor, o homem com quem eu quero passar o resto dos meus dias. És o homem que, de uma hora para a outra, simplesmente fez com que tudo mudasse. E com “tudo”, eu quero dizer aquele coração de pedra … Se queres saber, tu és tudo o que eu sempre quis, ou talvez até mesmo um pouquinho mais. Só isso. Querer-te comigo é apenas mais uma consequência. Desculpa-me por ser tão tua, desculpa-me por não me conseguir controlar. Mas o que um coração apaixonado é capaz de fazer além de … amar? Digo, amar-te. Ainda que eu não queira, ainda que eu não goste … só TU!

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