08/11/2011

Goodbye ...

 As minhas pernas moviam-se calmamente, ainda que o meu corpo demonstrasse a ansiedade estagnada dentro de mim. Os olhos estavam vermelhos e as minhas mãos permaneciam trémulas, havia algo de errado comigo. Os batimentos do meu coração podiam ser ouvidos a metros de distancia, o que era um tanto perturbador. É incrível como tantos pedacinhos quebrados conseguem pulsar sangue com a mesma eficiência, não é?
É, é incrível como nós simplesmente não deixamos de viver só porque o nosso coração está partido. Ainda que na nossa mente tudo esteja tão dolorido, tão recente ... temos que seguir em frente. Temos que ser fortes o suficiente para isso, e era exactamente o que eu estava a tentar fazer.
Todos podiam ver os meus lábios sendo contraídos numa tentativa falhada de segurar o nervosismo ... todos podiam ver toda a minha estrutura tentando arranjar uma maneira de impedir que a situação mexesse tanto comigo.
Por mais que tentasse controlar toda essa dor que sentia, eu não conseguia. Fora de casa, na rua com pessoas talvez eu conseguisse camuflar um pouco disso, mas sozinha, no silencio escuro da noite, não havia como esconder. Derramava lágrimas e, ainda que fosse burrice chorar por isso - era o que todos diziam - só eu sabia o quanto doía. Só eu sabia quanto tinha de aguentar e como era difícil, mas sabia que tudo ia passar, que um dia não haveria mais dor. Só me restava saber que dia era esse e o quão distante ele estava do agora, do presente e do maldito Adeus!

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